quarta-feira

SR200

De que me vale que escrevas na parede, que esmurres o ar por irritação porque quem tu queres não te dá devida atenção. E então do nada riscas me a parede?
De que me serve que ames assim o mar, e que nele te vás deitar e que te deixes embalar em coisa tão fria, e depois te venhas vingar e dizer me que não te faço companhia! Estúpido!
De que me favorece a tua presença, depois de 2 anos de ausência, por onde andaste pela Europa fora, sem cartas, pés e demora. Demoraste na volta, e eu já não te sinto pequeno!
De que me apraz o teu envolvimento, e o teu regresso ternurento que por mim não passa. E depois enrolas te na volta, onde encontras a ponta final, como se de um orgasmo se tratasse, e que mal se ficasses nesse estado de tesão, sozinho e sem razão...coitado!
De que me alimenta esse "fica comigo"? Já ele imóvel entre aspas, preso em frases e palavrões, filho de deusas e cabrões. Lixa-te...o Amanhã não existe!