terça-feira

Agora

Dou por mim a imaginar "se o amanhã não existisse". -E tudo o que não te disse? -Não... Eu Amo-te.

Conclusão



Não quero só a alegria, quero também o ombro e o colo.
Quero as mãos feitas cordas, quero o valor da infância, quero o valor que se dá ao sabor do vento na cara , quero a sabedoria de um velho pela sua pouca pressa.
Quero a alma lavada, quero uma cara renovada pelo conhecimento.

Não quero só a existência, quero também a prosa e o momento.
Quero os olhos de todas as cores, quero o saber dos sabores, quero o sol em pele gretada, quero a chuva e o seu alento. Quero a sabedoria de um pobre, quero a inocência de um nobre, quero o teu cheiro em minha casa e quero o teu corpo por fora e por dentro.

quinta-feira

A primeira vez que amei para sempre





Ninguém, nem mesmo a chuva tem as mãos tão grandes...

domingo

Pequenez humana

E assim foste apanhada na tua grandeza,
No mais breve de uma miserável surpresa,
Onde no inferno te encontras a meditar,
Num breve prenuncio de ausência de luar.

Escondes-te de todo o campo de visão,
Numa metáfora de prantos de solidão,
Onde só te queres sentir e sentar,
Onde procuras perder ou ganhar.

E vives triste sempre em casa,
Num medo fugaz de bater de asa,
Vives assim porque a tua vida é dura.
Assim elaboras a tua própria sepultura.

Isto porque a tua alma assim te diz,
Mais que o amor é a tua raiz,
Porque se mais são, mais se somem,
O ser se triste é ser-se homem.

sábado

ACM

De que nos serve a alma e românticos cabelos,
De uma mulher cansada que repousa sobre os cotovelos,
Foi por ser só que foi existindo,
Por ter ido longe e perto de ter vindo.

Num silêncio de um murmúrio há muito esquecido,
Num olhar feliz em tempos perdido,
Procura um oceano perdido por achar,
Deleita se no tempo que peca por acabar.

E na hora que é feita num minuto só,
Ouvem-se flores, aves, verdes e pó,
Nesta noite se escreve um cantar amigo,
Sozinha não estás...eu estou contigo.