terça-feira

As dez montanhas mais altas do mundo e tu.

Pé ante pé, sem corda de segurança...


Por três vezes te ergues no mundo ,
Rodas nas trevas por mais de um segundo,
De um sonho negro que não é só meu,
Dono do despertar que nunca foi teu.

Por seis vezes as mãos ele ergueu,
Toque no céu que antes se escondeu,
Foges das alturas e da alma que teme,
Preferes o mar e controlar o leme.

Tu que um dia ousaste amar,
Por portas altas onde só podias matar,
Cavernas escuras que não mostro ou desvendo,
Arrombas a porta com um amor tremendo.

Entraste com velas onde hoje me roço,
Cantaste músicas que ainda agora oiço,
Tocaste no meu cume como seta em água,
O que sinto hoje é amor, não é mágoa.

Escalas a montanha com a bandeira na mão,
Cravas no peito num acto de união,
Desistes do jeito e sais a voar,
Hoje pergunto o que te levou a entrar?