segunda-feira

Love rider

Pois, lá andas tu aos tiros!
Sobrepões e arrastas-te mulher feita máquina.
Bailarina privada, recebes dinheiro a troco de nada, não olhas nem fitas, não beijas e não acreditas, és mulher de varão, de arma na mão e a troco de nada ficas parada à espera de nada e com sonhos de ilusão.
Lá está! Arrastas-te pela calçada, meia nua e cansada de uma noite de dança, sempre com a esperança que te salve um qualquer cabrão.

Coitada de ti mulher!
Disparas para todos os lados, mas não acertas em ninguém...

Chegas a casa, vestes o que o antes não vestias, entornas o vinho num copo que nem vias, e não te chegasse já a outra bebedeira, bebes um, dois, três copos e depois a garrafa inteira.

Assim não vais lá!

E depois há o acordar, que pior que despertar, e sair da cama vazia, e como já Deus te dizia:

"Ama o próximo!"

Não há próximo, nem de perto nem de longe, nem ontem e agora, é que...

...As máquinas não vivem muito!