quinta-feira

Quando o soldado volta a casa.

Porque te escondes da ausência e mistérios,
Renegas o sentimento de poucos homens sérios,
Eclipsas o tempo do nunca e do quando,
Apagas a chama de um breve lume brando.

Porque não elevas tão alto sentimento,
Te deixas perder na fuga do esquecimento,
Arrasas as letras e e abafas o som,
Calas a voz e matas o dom.

Porque incapacitas a aurora da vitória,
Desacreditas os mortos e a sua memória,
Dás corpo à bala como se estivesse escrito,
Atiras em plenos pulmões um pobre grito.

E se nem assim te afastas da desgraça,
Não há viv'alma que o consiga e faça,
Hasteiam se bandeiras de pura inglória,
De um sujeito triste com tão pouca história.