domingo

Pequenez humana

E assim foste apanhada na tua grandeza,
No mais breve de uma miserável surpresa,
Onde no inferno te encontras a meditar,
Num breve prenuncio de ausência de luar.

Escondes-te de todo o campo de visão,
Numa metáfora de prantos de solidão,
Onde só te queres sentir e sentar,
Onde procuras perder ou ganhar.

E vives triste sempre em casa,
Num medo fugaz de bater de asa,
Vives assim porque a tua vida é dura.
Assim elaboras a tua própria sepultura.

Isto porque a tua alma assim te diz,
Mais que o amor é a tua raiz,
Porque se mais são, mais se somem,
O ser se triste é ser-se homem.